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Vídeo choca ao ensinar 'make para disfarçar violência doméstica'

by Redação taofeminino ,
Vídeo choca ao ensinar 'make para disfarçar violência doméstica'

Acredite, aconteceu na rede de TV estatal do Marrocos às vésperas do Dia Internacional da Não-violência contra a Mulher. Por Mirela Mazzola

Frequentemente criticado por causa da ausência de leis que protegem as mulheres, o Marrocos chocou o mundo ao exibir um vídeo que ensina mulheres a esconder sinais de violência doméstica com maquiagem. Esse tutorial sem noção foi exibido no dia 23, durante o programa Sabahiyat, parte da grade do canal estatal 2M. Ironicamente, o quadro foi ar dois dias antes do Dia Internacional da Não-violência contra a Mulher.

É de se imaginar que as imagens causaram comoção no mundo todo: pipocaram críticas nas redes sociais e até foi criada uma petição para denunciar a normalização da violência contra a mulher. A ideia também é fazer com que o canal sofra sanções junto a High Authority of Audiovisual Communication (HACA), o órgão de regulação audiovisual marroquino. O texto diz ainda: "Não cubra a violência doméstica com maquiagem, condene o agressor!".

Após tantas críticas, o vídeo foi retirado do Facebook da emissora, que se retratou por lá mesmo. "O quadro foi completamente inapropriado e trata-se de um erro editorial", diz um trecho da nota. No Youtube, entretanto, o vídeo ainda está disponível.

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Sorrindo, a apresentadora apresenta a atração com um "Esperamos que essas dicas de beleza possam lhe ajudar no seu dia a dia”. Então, a maquiadora, aparentando tranquilidade, ensina em uma modelo com hematomas no rosto a esconder as marcas com base.

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Igualdade de gênero: Marrocos no ranking mundial

Divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em 26 de outubro, na Suíça, o relatório Global Gender Gap Report, conhecido como Índice Global da Desigualdade de Gênero, busca avaliar a situação feminina no mundo. Dos 144 países analisados, o Marrocos aparece na 137ª posição (o Brasil ficou em 70º lugar). Segundo a organização não-governamental The Advocates for Human Rights, 63% das mulheres relataram ter sido vítima de agressões no Marrocos, e em 55% dos casos os agressores eram os próprios maridos. A organização estima ainda que apenas 3% das vítimas denunciam os abusos.

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