Com apenas 17 anos, Malala Yousafzai tem uma história que vale ser contada - e o Prêmio Nobel da Paz em 2014 é só mais uma conquista no currículo da garota. A paquistanesa foi atacada pelo Talibã por seu ativismo em favor da educação de mulheres e se tornou o símbolo da luta pelos direitos humanos. E agora a vida de Malala vai ganhar a telona com o documentário He Named Me Malala, que vai contar tudo sobre a vida pessoal e a guerra pacífica que a menina começou a travar com apenas 13 anos de idade. A data de estreia ainda não foi divulgada mas a previsão é que o filme saia no final de 2015 e a seguir você vai entender porque estamos tão ansiosas para o lançamento.
Exemplo de coragem
Tudo começou quando a garota tinha 13 anos e escreveu para o blog da BBC sob um pseudônimo contando sobre a vida no vale do rio Swat, onde o Talibã proibiu que as mulheres frequentassem escolas. Em 2012, com 15 anos, Malala foi baleada na cabeça pelos extremistas quando se opôs à interdição do acesso de meninas à educação. Depois de assumir o ataque, o Talibã ainda declarou que reiterava atentados à vida de Malala e seu pai. Ao invés de se esconder, Malala decidiu contar sua história para o mundo e fez sua primeira aparição pública no seu aniversário de 16 anos, quando discursou na Assembleia da Juventude da ONU, em Nova York. "Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossas armas mais poderosas", declarou na ocasião.
Foco nos direitos das mulheres
Em 2013, depois de sua história ter repercutido mundialmente e ter ganhado apoio da ONU, a primeira lei de educação no Paquistão foi retificada. Desde que se tornou um símbolo da luta pelos direitos humanos, Malala chamou a atenção e ganhou apoio de Barack Obama, Hillary Clinton, Desmond Tutu e até Madonna. O filme é mais uma plataforma de divulgação da luta de Malala que vai atingir mais gente e colocar o debate sobre o direito das mulheres em foco em diferentes países.
Um soco no estômago para muita gente...
...e para nós também. Muitas vezes para quem vive do outro lado do globo, onde as mulheres têm mais direitos e respeito que em outras sociedades, é difícil imaginar uma realidade como as das garotas que Malala defende. Não é só não poder ir à escola. Como uma garota vive em países comandados por religiosos fundamentalistas, como é ser mulher em uma região controlada pelo Talibã e dentro desse contexto, como é um sonho poder saber ler e escrever e frequentar a escola. O filme vai ser dirigido por Davis Guggenheim, que ganhou o Oscar pelo Verdade Incoveniente, documentário que deu um susto em quem ainda não acreditava que precisávamos cuidar do nosso planeta. Então prepare o lencinho e agende a data de ida ao cinema!
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