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Tudo o que você precisa saber sobre diástase

by Ana Paula Sanches ,
Tudo o que você precisa saber sobre diástase© iStock

Causas, consequências e soluções para esse indesejado afastamento muscular

Summary
  1. · Diástase: será que eu vou desenvolver esse problema?
  2. · Como evitar a diástase
  3. · A diástase pode prejudicar a saúde do meu bebê?
  4. · Minha diástase continua mesmo depois de dar à luz. E agora!?

Embora seja um problema relativamente comum entre as gestantes, a diástase foi parar na boca do povo recentemente, especialmente após a cantora Sandy declarar que mesmo depois de 1 ano do nascimento do seu filho, graças à diástase ela ainda luta para retornar ao corpo que tinha antes de engravidar. Mas, afinal: o que raios é essa tal de diástase e quais são as suas consequências?

Com a palavra, a especialista: “A diástase do reto abdominal é uma separação da linha média dos músculos da parede abdominal. Os músculos são empurrados para os lados, ficam com até 2,5 cm de distância entre eles e esse vão fica especialmente visível durante esforços”, explica a ginecologista Cristhiane Labes, de São Paulo. Segundo ela, o problema ocorre devido ao aumento da tensão no abdome devido à expansão do útero e às variações hormonais da gestação, que enfraquecem a musculatura abdominal.

Diástase: será que eu vou desenvolver esse problema?

É impossível prever se você terá diástase, mas existem alguns fatores que indicam uma propensão maior a desenvolvê-la. “Mulheres que já ficaram grávidas anteriormente tendem a ter um estiramento repetitivo no músculo, o que já é um facilitador. Outros fatores são nascimentos de recém-nascidos com mais de 3,7 kg, sedentarismo e ganho excessivo de peso durante a gestação”, afirma Cristhiane. Portanto, olho na balança e na alimentação, hein!?

Como evitar a diástase

“A diástase pode ser evitada com exercícios adequados e que corrijam a postura da gestante. Os mais recomendados são o pilates especial para as grávidas, natação, exercícios respiratórios e exercícios de Kagel”, explica a fisioterapeuta Fabiana Sarilho de Mendonça, da Clínica Clia (SP). É, futura mamãe, o melhor a fazer é deixar a preguiça de lado e se movimentar – sempre, é claro, sob o olhar atento de um profissional.

Outra dica importante diz respeito ao preparo para receber o bebê: se você pensa em ficar grávida em breve, consulte seu ginecologista antes e verifique se será necessário ingerir ácido fólico durante a gestação. “Ele é excelente não só para o desenvolvimento do cérebro do bebê, mas também para o fortalecimento da musculatura do tronco, incluindo a musculatura das costas e abdome”, completa Fabiana.

A diástase pode prejudicar a saúde do meu bebê?

A resposta é não, leitora. “Como o feto se encontra dentro do útero, ele fica protegido”, diz Cristhiane. Os danos existem, no entanto, para a mãe. “A diástase pode comprometer a estabilidade corporal e a mobilidade, além de ocasionar o surgimento de dores pélvicas e nas costas. Em casos mais graves, podem aparecer hérnias, incontinência urinária e prolapso dos órgãos pélvicos, ou seja, a queda de sua posição habitual”, completa a ginecologista.

Segundo a fisioterapeuta Fabiana, a diástase pode, ainda, causar problemas lombares: “Ela pode levar ao aumento da curvatura dessa região, o que chamamos de hiperlordose, e ao aumento da curvatura dorsal, chamado de hipercifose”. Por todos esses motivos, é essencial que você fique de olho no desenvolvimento da sua barriga e procure fazer as atividades recomendadas para evitar o surgimento desse problema.

Minha diástase continua mesmo depois de dar à luz. E agora!?

Caso sua diástase não tenha sido resolvida mesmo após o nascimento do bebê, é hora de procurar auxílio médico. “Um fisioterapeuta pode desenvolver junto a mulher uma série de exercícios e tratamentos terapêuticos que visem fortalecer os músculos abdominais e do assoalho pélvico”, explica Cristhiane. Mas, atenção: SEMPRE procure a ajuda do profissional. “Exercícios mal executados podem causar uma separação ainda maior dos músculos”, afirma a especialista.

A fisioterapeuta Fabiana completa: “Os exercícios devem ser intensificados quando a distância entre a musculatura fica entre 3 e 4 dedos. A partir de 5 dedos, o mais indicado é recorrer à intervenção cirúrgica”.

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Ana Paula Sanches
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