O olhar da fotógrafa estadounidense Ivette Ivens (IL), 26, sobre o feminino é o retrato de deusas. Mulheres com ares sobrenaturais em seus papeis de mães, de mães que amamentam, de mulheres grávidas, de cuidadoras, de lutadoras. Mãe de Kevin, quatro anos, e Dilan, um ano e 11 meses, Ivette começou a fotografar mulheres amamentando após o nascimento do seu primeiro filho, com a ideia de poder capturar a essência das mulheres. O resultado? Ensaios magníficos com mulheres lindas, fortes e empoderadas. Você pode ver algumas dessas imagens na galeria de fotos e pode conferir mais no site de Ivette Ivens ou na página dela do Facebook.
Qual é a magia de fotografar uma mulher grávida?
É simplesmente especial fotografar uma mulher carregando uma vida. Uma mulher grávida é muito poderosa e muito vulnerável ao mesmo tempo. O equilíbrio perfeito.
Por que você escolheu fotografar mulheres como divas? De onde veio essa inspiração?
Eu gosto de pensar nas mulheres como deusas. Após ver meus próprios autorretratos depois da maternidade, percebi a importância de nos ver por meio de uma perspectiva diferente.
© Ivette Ivens - Divulgação
Qual a beleza e a importância de fotografar uma mulher amamentando?
Às vezes a mulher fica tão envolvida na vida da maternidade que esquece como é bonita e importante. Eu sinto que se ver nessa vida tão altruísta que é a da maternidade, ajuda a recuperar a autoestima e a confiança. Todas as mulheres são deusas.
Qual a importância da amamentação para você?
Amamentar é importante não só para a saúde fisiológica e emocional do bebê, mas também para a mãe. Dá-nos confiança em nossa capacidade de criar nossos filhos.
Você acredita que as suas fotos podem ajudar a questionar a constante sexualização do corpo feminino?
O que posso dizer sobre isso, agora, é que eu percebi uma mudança na quantidade de comentários negativos sobre as minhas fotografias atualmente do que quanto eu comecei a postar imagens de mulheres amamentando e de maternidade.
Por que você acha que amamentar pode ser um ato tão incômodo para nossa sociedade?
O leite artificial se tornou norma para a sociedade. Então eu sinto que temos gerações que nunca foram realmente expostas a ele. A sociedade também sexualiza tanto os seios da mulher, que se esquece do que eles realmente podem fazer por uma criança.
Qual é a sensação de fotografar recém-nascidos tão lindos?
A vida que um recém-nascido carrega é muito preciosa. É uma honra poder fotografar a essência de um bebê que acabou de chegar ao mundo. Eles são muito puros e inocentes.
As histórias das mulheres que você fotografou deixaram marcas em você?
Claro, acredito que quase todas as mulheres, famílias e bebês que fotografei marcaram minha alma e meu coração. Sempre há algo novo e interessante para se aprender com o outro. Trabalhar tão intimamente com essas mulheres me deixa o sentimento de gratidão. Elas colocaram a confiança delas em minhas mãos e eu me sinto realmente honrada em fazer parte da vida delas dessa maneira.
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