Então você está tendo um dia ruim. Talvez um dia horrível, como naquele filme Dia Terrível, Horrível, Espantoso e Horroroso. Ou quem sabe, até mesmo ruim no nível totalmente medíocre. De qualquer forma, sempre damos um jeito de quebrar essa maldição e nos animar quando estamos para baixo. Seja relaxando numa banheira ou mergulhando de cabeça no trabalho pra finalmente acabar, chegar em casa e se entupir de sorvete.
Sem julgamentos! Nós entendemos completamente. Mas se você for como eu, o melhor a se fazer nesses momentos é ouvir música, principalmente se for daquelas que marcaram a época da escola. Pode parecer clichê, mas é o melhor jeito de sair daquela bad ou do stress do dia a dia.
Quando se trata dos álbuns do The Killers, bom... Tem muita coisa boa pra escolher. Especialmente quando bate aquela vontade súbita de voltar pra adolescência emo (desculpe, eu fui bem emo).
Uma coisa que você precisa entender: a música fará por você algo que nada (nada, mesmo) jamais fará. Ela deixa a alma mais viva, decora a tristeza com luzinhas de natal, joga um pouco de glitter nas feridas e as declara como lindas. Por quê? Porque todas as emoções humanas que você já sentiu já foram sentidas por outra pessoa.
Pode parecer sem graça, já que adoramos ter em mente o quanto nós somos originais e únicos, mas é verdade. Só que isso não precisa ser algo ruim porque, se você tiver sorte, seus sentimentos podem ter sido idênticos ao de um cara bonito e angustiado, que agrada multidões em suas calças skinny. E adivinhe só? Esse cara pode ser o Brandon Flowers, vocalista do The Killers. Ele vai subir no palco e cantar sobre isso sem pudor algum. E vai ser mágico!
Mesmo depois de 10 anos.
Então, se eu fosse você, aumentava o som enquanto lia esse tributo aos momentos em que o The Killers compreendeu nossas mágoas melhor do que ninguém e colocava pra tocar o álbum favorito da banda! (O Hot Fuss porque é o melhor de todos, óbvio)
Secretamente, todos nós queremos ser o Brandon Flowers.
Se não quiséssemos sê-lo, certamente gostaríamos de estar com ele. Quando o The Killers surgiu pela primeira vez e o vocalista exibiu aquela sua persona efusiva, chamativa e andrógina nos clipes - que logo o colocaria no mapa como “Brandon Flowers” - quem poderia resistir, não é mesmo?
Pelo fato de a banda já ter sido severamente criticada no passado por sua falta de ~eruditismo~ nas músicas, acho o senso de presença de palco do Brandon Flowers, e a imagem que ele passa, sensacional.
A verdadeira arte vem quando você perde o medo de dar errado...
...e para isso você precisa parar de se conter!
Quando eu tinha entre 13 e 15 anos, meu passatempo era falar nas redes sociais, para quem me seguia, sobre minhas bandas favoritas e sobre o quanto eu as amava (eu era muito stalker). Agora, posso falar sobre elas sem medo algum e pra muito mais gente!
É claro que não mudei muito, continuo sendo a louca das bandas. Mas, ao mesmo tempo, muita coisa mudou para mim. O medo que eu tinha de me expressar na escrita, por exemplo, foi passando aos poucos...
E sabe de uma coisa? Aprendi muito disso com essas bandas. Elas podem ter sido muito subestimadas no começo, mas olha só onde estão agora... Entre elas o synthpop com a pegada burlesca, jaquetas matador e letras mágicas de Las Vegas do Panic! At The Disco e do The Killers...
- “It’s funny how you just break down // waiting on some sign. I pull up to the front of your driveway // with magic soaking my spine. // Can you read my mind?”
- “É engraçado como você se magoa // à espera de um sinal. Eu estaciono em frete a sua garagem // A mágica inundando minha espinha. // Você pode ler minha mente?”
–The Killers, Read My Mind
É mais do que ok – na verdade, é crucial – acreditar em si mesmo, mesmo quando ninguém acredita.
Não quero nem imaginar um mundo onde artistas que foram questionados, banalizados ou ridicularizados em seus anos de formação simplesmente parassem de tentar.
Não existe nenhum roteiro para o sucesso: Todo mundo tem um caminho diferente.
Como Flowers bem nos lembrou em uma entrevista para a Rolling Stone em abril do ano passado, sucesso nunca foi uma constante para ele o The Killers como um todo. O segundo álbum, Sam’s Town, foi recebido com apatia em seu melhor e com intensa e turbulenta controvérsia em seu pior.
Você tem que continuar trabalhando: claro, vai ter alguns altos e baixos, sempre tem. Pra todo mundo.
A maioria de nós tem sede por polêmica no sangue – é por isso que amamos ver e ouvir sobre isso na mídia. Só que o Brandon Flowers aparentemente não tinha medo disso, não.
Lembra quando o Sr. Flowers disse que o Kanye West faz com que ele se sinta "enojado"? Mais especificamente, ele se referia ao fato de que muitas pessoas tinham, e ainda tem, medo de chamar o Kanye de qualquer coisa que não seja “um gênio”. Com isso, é claro, Brandon se colocou na ~zona de perigo~, mas garantiu que não tinha nenhum problema com o rapper, apenas que sua opinião era essa!
Apesar do incidente ter acontecido em 2006, muita gente ainda se lembra. E se você me perguntar, mesmo em 2016, essa opinião continua válida. Pouca coisa mudou desde então.
Todo mundo tem um pouco de essência própria, não importa quem somos ou o que fazemos.
A gente só precisa se lembrar de alcançá-la e liberá-la! E continuar fazendo isso sempre. Todo dia a gente pode, inclusive nos dias ruins. Sobretudo, os dias ruins!
Este texto foi escrito por @mrnblckdrss e editado por @cicaarra
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