O pretexto Páscoa nem é necessário para nos depararmos com diversos tipos de chocolate nas prateleiras do supermercado. E você deve saber que o sabor do meio amargo é parecido com o do ao leite, mas não é a mesma coisa. Será que tem diferença em valores nutricionais? Tem também o sem lactose, com whey protein, o que diabos é alfarroba mesmo? Por falar nisso, tem espaço para um tantinho assim de chocolate na dieta? Dúvidas cruéis prontamente respondidas pelas nutris Regina Moraes Teixeira (SP) e Nadia Almeida, do Hospital São Cristóvão (SP).
“O chocolate não só fornece energia ao organismo, como estimula a serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Alguns tipos são ricos em polifenóis, excelentes antioxidantes que combatem o envelhecimento precoce. Entretanto, não podemos nos esquecer que a moderação e a escolha são determinantes para que haja esse efeito”, diz Regina. Ahá! Mais detalhes, você lê a seguir.
Chocolate ao leite
É bem calórico e tem menor teor de cacau. Nadia Almeida alerta: "Chocolate ao leite possui de 15 a 30% de massa de cacau, manteiga de cacau, açúcar, além de leite em pó ou condensado, que são prejudiciais se consumidos em excesso". Quando combinado com nuts – nozes, avelãs e amêndoas, por exemplo –, o chocolate ao leite ganha ainda mais gordura saturada e açúcar, fazendo a glicemia disparar. "Pode, inclusive, gerar oleosidade na pele", completa Regina. É, você leu certo: é possível que seu rosto denuncie com espinhas que você detonou um tablete de chocolate.
Chocolate branco
Imagine o chocolate branco como uma mistura de manteiga de cacau, açúcar e gordura. Não dá para aliviar a má reputação entre os especialistas: são calorias vazias mesmo.
Chocolate meio amargo
Possui de 40 a 55% de cacau e menor quantidade de manteiga de cacau e açúcar se comparado ao tradicional.
Chocolate amargo
“Quanto mais cacau, melhor”, afirma Nadia. Com cerca de 60 a 85% de cacau na composição, menos açúcar e gorduras, é a melhor opção para aproveitar todos os benefícios do cacau. A teobromina, uma substância com atuação semelhante à da cafeína favorece o sistema nervoso central e até os músculos cardíacos.
Chocolate diet
Contém massa e manteiga de cacau, leite em pó e soro do leite. Existe a restrição de açúcar, mas não significa que é light, ou menos calórico. Em seu preparo, há um acréscimo de gordura, muitas vezes, mais calórico que o tipo ao leite. Apesar de ser uma aposta certeira de muitos diabéticos, é mandatório procurar a orientação de um médico e nutricionista para que o especialista defina as quantidades adequadas de consumo.
Chocolate orgânico
O cacau e açúcar presentes neste tipo de chocolate são totalmente orgânicos, livres de conservantes. Há a garantia de que o alimento foi cultivado, colhido, preparado e transportado em um sistema sem a contaminação de produtos químicos sintéticos, fumigados ou irradiados.
Alfarroba
É utilizada para substituir o cacau na produção de chocolate. Possui pouca gordura e diversos minerais como cálcio, potássio e fósforo, além de vitaminas do complexo B. É ainda uma boa opção para pessoas com diabetes, pois não contém adição de açúcares.
Chocolate com whey
“É interessante para quem segue uma dieta visando o ganho de massa muscular”, comenda Regina Moraes Teixeira. Além dos ingredientes tradicionais, como a massa e de cacau, o Whey Protein (proteína extraída do soro do leite) é adicionado aos ingredientes, podendo impactar as calorias finais.
Chocolates funcionais
Imagine ter a cada mordida nutrientes que ajudam desde a firmeza da pele, a tpm ou eliminar gordura? Pois é essa a proposta do chocolates funcionais. Ativos como colágeno, óleo de prímula, óleo de cártamo (conhecido por ser um aliado na aceleração do metabolismo) e outros nutracêuticos, são associados ao doce e unem seus benefícios ao cacau. Mas, não é por serem "do bem" que podem ser consumidos desenfreadamente, ok? “Apesar de todos seus benefícios, os chocolates possuem muitas calorias. É preciso comer com moderação sempre”, finaliza Regina.
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