Já imaginou o que seria da nossa infância sem as referências dos filmes da Disney? Ok, teríamos sobrevivido (mas sem uma boa dose de magia, vai).
Hoje, quem vê o estúdio emplacar um sucesso milionário atrás do outro – e que rendem outra fortuna em produtos licenciados (como a linha de roupas para adultos, que a gente ainda não conseguiu superar), talvez não saiba que tudo começou com uma aposta no escuro. Foi em 1937, com Branca de Neve e os Sete Anões, o primeiro longa-metragem de animação da Disney.
Embora já tivesse criado o Mickey Mouse, em 1928, e produzido curtas de animação, como Os Três Porquinhos, foi com a mais bela de todas que Walt Disney explodiu no cinema. A produção começou em 1935 e só foi concluída dois anos depois. Apesar da euforia e da sensação de um longo trabalho concluído, teria rolado uma certa tensão na estreia de gala em Hollywood, em 21 de dezembro de 1937. "Eu não sabia o que eu tinha, nem o que iria acontecer. Tínhamos toda a fortuna da família investida em Branca de Neve. Até hoje acho que nosso banqueiro tinha mais insônia que eu", disse Walt Disney em um making-of sobre o filme. Para se ter uma ideia, a produção consumiu nada menos que 10 vezes que o orçamento inicial e acabou custando 1,5 milhão de dólares (um valor altíssimo para a época), segundo o Adoro Cinema.
Ou seja, foi um tiro certeiro, que transformou a animação em arte e mudou a história do cinema, mas que também poderia ter fracassado. Quer saber mais sobre o conto dos Irmãos Grimm que deu origem à primeira princesa Disney?
Na dúvida, o espelho responde!
1. O longa foi totalmente inovador, tanto em narrativa quanto em técnica
Pela primeira vez, o movimento humano foi estudado para ser reproduzido em animações. Para isso, Walt Disney levou seus desenhistas de volta para a sala de aula, onde eram observados de passos de dança com modelos reais ao balanço da barba dos anões. O resultado? Cenas bastante realistas, como a da festa de Branca de Neve com os anões e a de suas mãos quando ela solta a maçã envenenada.
2. Os números são impressionantes
Mais de 750 artistas se envolveram na produção para criar 2 milhões de desenhos e esboços em 800 quilômetros de papel. Primeiro, o roteiro foi rascunhado em forma de história em quadrinhos, em que só as ações mais importantes são esboçadas, e só depois desenhadas em arte final. Para cada segundo de filme, foram feitos 24 desenhos (!)
3. Muita coisa não foi aproveitada
Das 25 músicas compostas exclusivamente para o filme, apenas 8 foram usadas na versão final. Também estava prevista uma cena em que os anões construíam uma cama para Branca de Neve, em forma de gratidão, e outra em que ela os ensinava a tomar sopa. Ambas ficaram de fora porque o filme já estava muito longo.
4. Já houve adaptações para o cinema...
Lançadas em 2012 por outros estúdios, Espelho, espelho meu e Branca de Neve e o Caçador são as mais recentes. A primeira é estrelada por Lily Collins e Julia Roberts. Na segunda, o personagem do caçador ganha foco e tem como estrelas Kristen Stewart, no papel da princesa, e Charlize Theron, deslumbrante como sempre, interpretando a madrasta.
5. ...mas só agora um live-action Disney será produzido
Depois de Aladdin e a A Bela e a Fera, a Disney anunciou que também terá seu live-action de Branca de Neve. Segundo o The Hollywood Reporter, o estúdio negocia com a roteirista Erin Cressida Wilson, de A Garota no Trem, e já teria convocado os compositores Benj Pasek e Justin Paul, de La La Land, para criar a trilha sonora.
Quem está ansioso para o anúncio dos atores? o/
6. Branca de Neve estaria entre as princesas Disney menos feministas
O Buzzfeed da Espanha fez uma lista em que ordena 15 princesas e seu "grau de feminismo" de acordo com suas atitudes. Branca de Neve está entre as últimas colocadas, por ser "a mais inexpressiva" de todas e ter feito uma faxina assim que chega a casa dos anões. Por ser uma senhora de mais de 80 anos, daria pra dar um desconto, hein?
Fica mais um pouco!
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