A anemia pode surgir de dois fatores: contexto genético ou deficiência de nutrientes essenciais ao organismo. Se não podemos brigar de igual para igual com o primeiro motivo – afinal, as características do DNA são transmitidas dos pais para filhos –, com o segundo, podemos travar uma verdadeira guerra. Em ambos os casos, alimentação supersaudável, rica em nutrientes, é a melhor arma.
É bom saber também que anemia não é doença. Os especialistas consideram uma pessoa anêmica quando os glóbulos vermelhos e a hemoglobina do sangue estão abaixo dos níveis adequados. E isso acontece devido à carência de um ou mais nutrientes que mantêm o organismo em pleno funcionamento, como o ferro e a vitamina B12, por exemplo. É o tipo de insuficiência que dá nome à anemia: a falta de ferro causa anemia ferropriva, a de vitamina B12, anemia megaloblástica e assim por diante. Já, já a gente volta a essa conversa. Antes, falemos de sintomas.
Os sintomas de anemia
Cansaço, dores de cabeça frequentes, fraqueza e palidez podem indicar anemia. Entretanto, o grande perigo de uma condição anêmica está justamente na falta de sintomas. "Em alguns casos, o corpo se acostuma à baixa de hemoglobina e se esforça para preservar o funcionamento. Só exames de sangue conseguem identificar a anemia com facilidade", esclarece a hematologista Fernanda de Oliveira Santos, do Hospital 9 de Julho (SP).
Os pequenos devem ser alvo de maior atenção. Celso Massumoto, hematologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), aponta que, em virtude de doenças comuns na infância e da ausência de ferro na alimentação, crianças e jovens estão mais sujeitos a desenvolver anemias assintomáticas. "Os menores se adaptam a anemias mais intensas sem sequer apresentar sintomas. Quando questionados pelo médico, relatam frio desproporcional e dificuldade para andar ou correr mais rápido, problemas característicos da anemia".
Tipos mais comuns de anemia
• Anemia ferropriva: é a carência de ferro no organismo e atinge cerca de 10% da população mundial, especialmente crianças. Além de uma alimentação equilibrada, é possível tratá-la com suplementação.
• Anemia megaloblástica: a deficiência de vitamina b12 pode causar diarreia, queda de cabelo e dor de cabeça. Consequências mais graves (cansaço extremo e dificuldades para andar) estão atreladas ao fato de que a b12 é responsável por funções cerebrais.
• Anemia falciforme: ocorre quando há predisposição hereditária, passada de pais para filhos. Causa dores nas mãos, nos pés e no corpo e icterícia. Apesar de não ter relação direta com problemas alimentares, é essencial ter um cardápio balanceado a fim de evitar crises.
• Anemia hemolítica: é aquela em que os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos pelos próprios anticorpos. Também decorrente de fatores genéticos, é tratada com medicamentos específicos.
Prevenção
Se fatores genéticos forem descartados, um cardápio balanceado é a chave da prevenção. "É essencial que sejam consumidos alimentos ricos em ferro (carne vermelha, espinafre) e verduras que contenham o ácido fólico", recomenda Celso Massumoto. E, claro, visitar o médico e fazer exames de sangue periodicamente.
As consequências da anemia
Permanecer em uma condição anêmica por muito tempo traz problemas ao funcionamento do organismo. "Ela se agrava e desencadeia doenças graves, como o cor anêmico, causador de insuficiência cardíaca", alerta Fernanda de Oliveira Santos.
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