A fecundação é o momento em que o espermatozoide entra no óvulo, ou seja, quando um filho é concebido. Mas como exatamente isso acontece?
Hoje em dia, a relação sexual não é o único jeito da fecundação acontecer: procedimentos como a fertilização e a inseminação artificial são opções alternativas que tem o mesmo resultado. Mas tem que ficar esperta, porque a concepção pode acontecer mesmo se não for planejada, no caso, por falta de uso de métodos contraceptivos ou ineficiência deles.
No microscópio: os detalhes de como acontece
Durante a relação sexual, o homem libera de 200 a 500 milhões de espermatozoides dentro da vagina, mas, geralmente, só um poderá fecundar o óvulo e conceber um filho. Ao serem lançados dentro da mulher, os espermatozoides nadam de 2-3 mm por minuto e têm que percorrer um percurso de 100 a 150mm, que é o caminho do colo do útero até o óvulo, que se encontra na tuba uterina.
Mas nada é tão fácil! Logo de cara há uma seleção que elimina a maior parte dos espermatozoides e os que restaram continuam até a cérvix uterina, ou colo uterino, onde eles vão encontrar o muco cervical, que tem características diferentes de acordo com o período do ciclo. Se a mulher não estiver no período de ovulação, a consistência não permite a passagem dos espermatozoides, mas, se a relação acontece durante a ovulação, o muco fica com um aspecto líquido e filamentoso, por meio do qual eles tentam passar e sobreviver por três a quatro dias.
O esperma vai, então, da vagina para o útero, continuando a viagem até as trompas uterinas, parte mais próxima dos ovários. Nesse momento, graças a uma reação química, apenas um dos cerca de 200 espermatozoides consegue chegar até o óvulo e fecundá-lo.
Na ponta da cabeça do espermatozoide existe uma organela chamada acrossoma, uma espécie de capuz que contém várias enzimas capazes de fundir a membrana celular do esperma com o óvulo. Esse acontecimento é chamado de reação do acrossoma e pode ocorrer somente na zona pelúcida, uma camada protetora do ovo, que é rica em proteína e que, além de provocar a fusão, também funciona como uma âncora para o esperma.
Acontece, então, a união de duas células, chamadas de gametas, que portam um único cromossomo cada uma: é somente graças ao encontro que é possível remontar o par de cromossomos comuns a todas as outras células do nosso organismo, dando vida a um macho, se a união é de um cromossomo Y com um X, ou a uma fêmea, se ambos cromossomos são X. A célula já fecundada recebe o nome de zigoto e contém todo o DNA do bebê e suas características genéticas.
Em seguida, a nova unidade biológica começa a se dividir em dois, quatro, oito, e assim por diante, até chegar no útero, três dias depois da concepção. Neste momento, ele se torna uma mórula, um conjunto de 12-14 células que continuam a se dividir e a evoluir, ficando cada vez mais complexo, até formar o embrião e a placenta.
Quer engravidar? Pratique nessas posições!
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