A rosácea é uma doença inflamatória da pele, caracterizada pela dilatação de vasos sanguíneos que, inicialmente, causa vermelhidões temporárias principalmente no nariz, nas bochechas e no queixo. “Porém, quando não tratado, esse rubor nada natural pode ser somado a sintomas como ardência, ao aumento de telangiectasias (vasinhos aparentes) e surgimento de lesões com pus, placas e nódulos”, diz Lídia Machado, dermatologista da Clínica Juliana Piquet (RJ). Entre suas principais vítimas, estão mulheres de 30 a 50 anos com a cútis clara e sensível. Por ser crônica, não tem cura - mas, com os cuidados certos, é possível controlá-la.
Quais são as causas?
Ainda que sejam desconhecidas, existem fatores que podem desencadear a doença: “Alterações hormonais, estresse, exposição solar, banhos em altas temperaturas, consumo de alimentos condimentados e bebidas quentes e alcoólicas são alguns deles”, lista Marcelo Bellini, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SP). O uso de corticoides tópicos de alta potência também costumam piorar o quadro.
Como cuidar em casa?
Higienize o rosto com sabonetes líquidos, loções ou géis de limpeza para peles sensíveis que contenham ativos como camomila e alfa bisabolol. “Produtos detergentes e abrasivos provocam irritações”, alerta Flávia Novis, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (RJ), que frisa que, por esse mesmo motivo, é preciso passar longe dos esfoliantes. “O uso diário de protetor solar também é indispensável: procure por versões livres de álcool e com toque seco”, arremata a médica. Como complemento, borrifar água termal, apostar em máscaras calmantes e compressas geladas de chá de camomila (ela de novo!) são de grande valia para combater quadros de vermelhidão.
O fator maquiagem
Produtos minerais, hipoalergênicos e livres de fragrâncias são os mais indicados para casos de rosácea. “Suas fórmulas excluem substâncias que agridem a pele sensível”, observa Lídia Machado. Vale, ainda, investir em corretivos esverdeados, que neutralizam a vermelhidão da pele.
E no consultório, quais são os melhores tratamentos?
Em casos mais graves, o dermatologista pode prescrever antibióticos orais, como tetraciclina, metronidazol e isotretinoina. “Também é possível recorrer à luz intensa pulsada, cujo calor emitido é capaz de reduzir a vermelhidão e os vasos, e ao LED. Nele, a luz azul tem efeito secativo, enquanto a vermelha possui ação anti-inflamatória e calmante”, finaliza Marcelo Bellini.