Que atire a primeira garrafinha quem nunca se viu em uma loja de suplementos esportivos, entre prateleiras e potes coloridos, com dúvida sobre qual era a melhor proteína para complementar a dieta. Por isso, nada melhor do que um dossiê completíssimo sobre o assunto. E aí, whey protein, qual é a sua?
Senta que la vem história
Há registros de Hipócrates prescrever a seus pacientes o “sérum” do leite, em 330 a.C. Outro importante nome da medicina moderna, o romana Galeno, também receitou o soro do leite pela Itália. Em 1749, um paciente aristocrata, sem sucesso no tratamento oferecido por seus médicos, hospedou-se no vilarejo de Gais, na Suíça, e tomava o soro do leite diariamente (ew!) e livrou-se da doença que o acometia. Com o sucesso na cura do homem, o pessoal do vilarejo que produzia laticínios começou a separar esse soro do leite e oferecer aos enfermos. Empreendedores!
Hoje, se todo mundo na academia mal acaba de treinar já está chacoalhando a coqueteleira, o shake de whey protein só pode fazer bem, não é? Depende. A dosagem e o tipo de suplemento recomendados não são iguais para todos. “O ideal é ter o acompanhamento de um especialista que oriente da maneira correta e direcionada para o objetivo e meta do paciente, respeitando sempre a individualidade biológica de cada um”, aconselha a nutricionista Maria Fernanda Magalhães (RJ).
E por que tanta gente toma?
Proteínas e aminoácidos são nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso organismo e obtidas através de uma alimentação balanceada. Quando, ainda assim, as quantidades ideais não são atingidas, é necessário aumentar o aporte através de suplementos. “Muitas deficiências nutricionais estão ligadas a um cardápio inadequado, porém há casos de incapacidade na absorção de determinadas vitaminas e minerais que podem ser dosados em um exame de sangue”, diz Francisco Tostes, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (RJ).
É aí que entra o whey protein! Ele, nada mais é que um complexo de proteínas e aminoácidos extraídos do soro do leite de vaca. No processo de produção, seus nutrientes são “quebrados” em pequenas partículas e, assim, absorvidas pelo organismo em maior velocidade e com mais eficiência. Em estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition verificou-se que o ganho de massa magra pode ser estimulado através da dieta consumindo o suplemento.
Seja para ganhar massa muscular ou para facilitar o consumo de proteína na correria do dia a dia – basta adicionar água e chacoalhar –, o whey protein entra como um adicional na alimentação. A concentração dos aminoácidos varia de acordo com a proposta do produto, o que causa boa parte da ~confusão~ aos iniciantes no mundo dos suplementos. Vamos explicar:
Whey protein concentrado
Contém de 70 a 80% de proteína do leite, dosagem considerável de gordura, lactose e carboidratos. Essa concentração de proteínas tem relação não só com a quantidade, mas também com as moléculas de aminoácidos “maiores” que demoram um pouquinho mais de tempo para serem absorvidas.
Whey protein isolado
Possui de 90 a 96% de proteína tem mais biodisponibilidade (velocidade e eficiência de absorção pelo organismo) de suas substâncias, menos lactose, gorduras e carboidratos, porém mantendo suas características.
Whey protein hidrolisado
O processamento da substância torna ainda menores suas partículas visando a absorção altamente rápida.
Lupa nos ingredientes
Para manter os carboidratos baixos, muitas marcas utilizam adoçantes artificiais. Fique atenta. Outra dica é ler os ingredientes: a proteína deve ser a primeira na lista, indicando que é o item em maior quantidade na composição. Ao consultar um especialista, peça recomendações. Só ele poderá indicar a relação ideal entre marcas e suas necessidades nutricionais. Logo, o que é bom para sua parceira de treino, nem sempre é bom para você, ok?
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