Ontem, 13 de outubro, não se falou em outra coisa no mundo do entretenimento: o controverso Prêmio Nobel de Literatura 2016, concedido ao cantor, compositor e ícone norte-americano Bob Dylan, autor de clássicos como Blowin' in the wind e Like a Rolling Stone.
Nobel de Literatura, a premiação
Uma das premiações mais prestigiadas do mundo, o Prêmio Nobel é concedido desde 1901 a personalidades com grande contribuição científica e cultural. No caso do Nobel de Literatura, é a Academia Sueca quem outorga o prêmio. O comunicado oficial da instituição, anunciado com o prêmio de Bob Dylan, justificou a escolha, dizendo que ele foi reconhecido "por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana". Aliás, Dylan foi o primeiro letrista agraciado com um Prêmio Nobel de Literatura, que inclui ainda 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3 milhões de reais). Hello, novos tempos!
Bob Dylan, o artista
Mesmo quem torce o nariz vendo um músico levar o Nobel de Literatura não pode negar: a contribuição de Dylan para a cultura norte-americana é enorme. Aos 75 anos, ele segue em plena produção: em maio, foi lançado seu 69º disco (!), Fallen Angels, 54 anos depois do início da carreira. Embaladas pelo ritmo do folk, suas letras são verdadeiras crônicas de uma época, de hinos rebeldes em favor dos direitos civis a protestos contra a Guerra do Vietnã.
O Nobel de Literatura (sobre o qual Dylan ainda não se pronunciou; a cerimônia de premiação acontece em 10 de dezembro, em Estocolmo) é mais um dos prêmios consagrados recebidos pelo músico. Ele já ganhou um Oscar e um Globo de Ouro, pela canção Things Have Changed, escrita para Garotos Incríveis (2000), 12 Grammys e uma honraria especial do Pulitzer, em 2008.
Clap, clap, clap!