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Se você está infeliz no trabalho, deveria ler este texto

by Ketlyn Araujo ,
Se você está infeliz no trabalho, deveria ler este texto

Descubra as causas do problema e a solução para que trabalho e felicidade caminhem em harmonia na sua vida

Summary
  1. · Por que meu trabalho não me satisfaz?
  2. · Pronta para encarar desafios?
  3. · Solucione os problemas no emprego atual
  4. · Quero mudar de carreira. E aí?
  5. · Quando o incômodo mora no bolso
  6. · Ser autoritária não está com nada!

“Quem trabalha feliz produz mais, se sente realizado e percebe um sentido maior na atividade que realiza”, diz a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, da Universidade de São Paulo (USP). Mas não é bem isso que costuma acontecer na prática. Pesquisas indicam que mais de 80% da população brasileira se diz infeliz na sua condição atual de emprego. Você é uma delas?

Por que meu trabalho não me satisfaz?

Pare por alguns minutos e pense exatamente nos pontos negativos da sua carreira atual. A psicóloga Ana Paula Magosso Cavaggioni, de Santo André (SP), enumera alguns deles: horários inflexíveis, alta exigência de produtividade, pressão excessiva, problemas com a chefia, baixa remuneração, atrasos no salário, jornada de trabalho excessiva, falta de tempo para vida pessoal e insatisfação com a carreira escolhida são os motivos mais comuns. Alguns deles podem ser resolvidos em uma conversa franca com seu chefe ou com o RH da empresa. Já outros, como a insatisfação com a carreira, exigem um pouco mais de esforço para serem superados.

A insatisfação, segundo a psicóloga, está ainda mais presente na vida dos jovens: “Eles são obrigados a decidir cedo demais, e nem sempre a profissão lhes agrada. Na faixa dos 30 a 40 anos, a insatisfação pode aumentar pela falta de reconhecimento e motivação”, explica.

“A nova geração vive uma cultura de informação instantânea. A comunicação no mundo corporativo ainda segue o modelo do e-mail, na qual é necessário aguardar a resposta de seu cliente, fornecedor ou outro departamento por horas. E os modelos de carreira propostos pelas empresas também geram dificuldades para a nova geração, que deseja um crescimento rápido e sem muita burocracia”, completa Allan Fernando Lima Lopes, responsável pela área de Recursos Humanos da Soar Desenvolvimento Humano (Santos – SP).

A consequência disso? Problemas psicológicos, baixo rendimento e, quem sabe, até a possibilidade de desenvolver distúrbios mais sérios, como a depressão.

Pronta para encarar desafios?

“No atual momento de crise, vemos profissionais se atirando no mercado, dispostos a qualquer oportunidade de trabalho que os aceite. O desespero do desempregado na busca por uma oportunidade é compreensível, mas após a conquista diversos problemas, tanto para o profissional quanto para a empresa contratante podem aparecer”, diz Allan.

Após identificar qual o principal motivo da sua desmotivação, respire fundo e vá atrás dos meios de solucionar o problema. “Alcançar esse estado de graça no ambiente profissional não é tarefa para um dia só. Exige dedicação e atenção com a própria conduta. É mais fácil ser feliz no trabalho quando há uma correspondência entre o tipo de atividade que se gosta de desempenhar e o cargo para o qual se é designado”, reforça Cristiane.

Solucione os problemas no emprego atual

Uma alternativa antes de jogar tudo para o alto é tentar enxergar sua carreira de agora com outros olhos. Que tal? Parece difícil, mas não passa de um exercício de perspectivas. Quando fazemos somente aquilo que gostamos ou sabemos, limitamos nossas possibilidades de aprender coisas novas. Concorda?

- Encare os desafios de um jeito positivo: metas e prazos, por exemplo, nos ajudam a aprimorar habilidades de organização e planejamento.

- Problemas de relacionamento com colegas de trabalho podem ser enxergados como um jeito de exercitar a tolerância e a comunicação assertiva. Se aproxime daqueles com os quais você tem mais afinidade, e reforce os laços. Com os que você não se dá tão bem assim, pegue leve!

- Tente considerar o impacto que determinado projeto terá na sua carreira a médio e longo prazos, e não apenas no esforço para finalizá-lo. Pense no significado que aquele trabalho terá na sua vida como um todo.

- Dedique-se a uma tarefa por vez, dentro dos prazos. A entrega de um trabalho bem feito é o que possibilita reconhecimento e permite que você ganhe visibilidade.

Quero mudar de carreira. E aí?

Se após tentar melhorar as condições do emprego atual você perceber que é a carreira que não se encaixa no seu perfil, Ana Paula explica que é importante ter uma perspectiva real, e não idealizada da profissão pretendida. Ela sugere a análise de alguns aspectos:

-É necessária uma especialização?

- Você tem condições de se sustentar durante a transição de um emprego para o outro? Ou o melhor seria fazer uma mudança gradual?

- Isso vai impactar no seu estilo de vida? Você estaria disposta a aguentar esse impacto?

Se nada nem ninguém podem fazê-la mudar de opinião, é hora de ir aos próximos passos, cara leitora. Allan argumenta que o primeiro deles é se conhecer: saber quais as suas atividades favoritas, quais carreiras têm mais a ver com o seu perfil e se existe alguma habilidade que você precisa aprimorar antes de seguir em um novo ambiente – lembra daquele curso de inglês inacabado? Agora é o momento de dar o gás que faltava a ele. “Estas análises, pouco realizadas pelos profissionais que buscam uma nova oportunidade de trabalho, dão maior segurança e garantem uma mudança tranquila, com menos obstáculos e maiores chances de sucesso”, reforça ele.

Às vezes, consultar um especialista, como um coach de carreiras, pode ser uma boa escolha. É o que explica Cristiane: “Esse profissional vai ajudar a definir o perfil comportamental da pessoa e, a partir daí, fica mais fácil indicar quais as melhores atividades profissionais para ela”. O coach tem a capacidade, também, de ver como o profissional pode melhorar as atividades dentro da área na qual já está inserido.

Quando o incômodo mora no bolso

Talvez o maior motivo da sua frustração seja fácil de identificar: o salário. Cristiane ressalta que queixar-se não irá resolver nada, mas o mais importante é fazer um balanço da situação. “Tem investido em cursos que vão agregar no seu currículo, para poder concorrer a vagas com salários melhores? Como está a sua fluência em outras línguas? O que você tem feito em benefício da sua equipe? ” Questiona ela.

Agora, se você está presa a uma profissão apenas pelo que ela te oferece em matéria de valores... “Deve-se levar em conta o que é mais importante para cada um em termos de qualidade de vida. Algumas pessoas podem tolerar um trabalho que não gostam pelo salário, se fora dele elas encontrarem situações que as satisfaçam”, acentua Ana Paula.

Ser autoritária não está com nada!

Vamos inverter os papéis? Em vez de ser a funcionária frustrada, você é a chefe bem-sucedida. Que tal pensar um pouco na felicidade dos seus funcionários? “Atualmente as empresas já percebem como o perfil de chefe autoritário não consegue desenvolver um time comprometido ao longo do tempo, e que os líderes devem se preocupar com seus colaboradores para que possam extrair o melhor deles, mantendo um relacionamento saudável a longo prazo”, explica Allan.

Algumas empresas optam pelos serviços de coaching, outras, entretanto, incorporam pequenos momentos de felicidade na rotina diária, como massagem no próprio escritório, frutas à vontade, salas de recreação e parcerias com academias e empresas que promovem corridas. Mesmo que essa não seja a realidade da maioria das empresas, nada te impede de incorporar esses conceitos no seu próprio negócio. Com certeza, os ganhos serão muito maiores que os prejuízos.

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Ketlyn Araujo
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