Mais do que “telas de pintura” (alô, esmaltes coloridos e nail arts malucas), as unhas são incumbidas de proteger as pontas dos dedos contra agentes externos. E, quando apresentam modificações em sua aparência, o melhor é ficar com as anteninhas ligadas, já que detêm o poder de denunciar possíveis problemas de saúde. Segundo Anelise Ghideti, dermatologista especialista em unhas (SP), cor, textura e espessura devem ser levadas em consideração. Também é importante notar se estão fracas, sofrem descolamentos ou descamações. “Caso as alterações não desapareçam dentro de uma semana, não hesite em procurar o médico”, avisa Susy Rabello, dermatologista do Hospital Bandeirantes (SP). Abaixo, as duas experts apontam as principais e o que podem prenunciar:
- Secas e quebradiças: anemia e problemas na tireoide;
- Esbranquiçadas: doenças hepáticas e renais;
- Com estrias: deficiência de nutrientes, problemas na tireoide e infecções;
- Amareladas: micose e alterações renais;
- Azuladas e arroxeadas: problemas respiratórios ou reumatológicos;
- Avermelhadas: doenças cardiovasculares;
- Esverdeadas: contaminação por bactéria;
- Manchas pretas: melanoma (câncer de pele);
- Grossas: psoríase e micose.
Cuide das garras
Lembre-se de que as unhas podem ser a porta de entrada para diversos tipos de infecções. Portanto, todo cuidado é pouco: “Mantenha-as sempre limpas e aparadas. O ideal é cortá-las retas, porém ligeiramente arredondadas nas laterais para não encravarem”, recomenda Anelise Ghideti. Também é importante evitar a remoção das cutículas e o uso de esmaltes e unhas postiças por longos períodos. “Caso realize atividades que envolvam contato com água ou produtos de limpeza, proteja as mãos com luvas”, completa Susy Rabello. No quesito alimentação, adicione ao prato itens ricos em biotina (fígado, gema de ovo, amendoim...), que ajudam a fortalecê-las.