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O que você precisa saber sobre mamoplastia de aumento

by Geovana Pereira ,
O que você precisa saber sobre mamoplastia de aumento© iStock

Os riscos e métodos da cirurgia de aumento de seios

A cada dia, mais e mais mulheres desejam uma cirurgia de mama. Antes de buscar uma cirurgia é preciso entrar em discussões detalhadas e escolher clínicas conceituadas para que a decisão seja tomada com calma. É difícil buscar uma cirurgia sem nenhuma razão médica e arcar financeiramente com todos os procedimentos. Portanto, para te ajudar a tomar uma decisão tão importante, desdobramos os principais tópicos sobre a mamoplastia de aumento com a colaboração do cirurgião plástico Milton Emiliano da Fonseca Lima Rocha, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Mamoplastia: não existem cirurgias sem riscos

Tenha em mente: aumento de mama é uma cirurgia, e geralmente exige anestesia geral. Como qualquer outro procedimento cirúrgico, ela está associada a riscos e complicações potenciais. Assim, é importante estar certa de que o aumento do tamanho dos seios é um desejo seu – e não um favor ao seu parceiro, por exemplo.

Claro, também há razões médicas para o aumento das mamas. Há mulheres cujos seios se desviam muito da imagem saudável (assimétricos, por exemplo) ou precisam ser reconstruídos após uma cirurgia de remoção mamária. De qualquer forma, sabemos que o formato e tamanho dos seios podem acarretar consequências emocionais graves.

À procura de um profissional

Atenção: não importa o motivo, se você decidir por aumentar seus seios deve procurar o médico certo! Sabemos que o Brasil é um dos países campeões em cirurgias plásticas do mundo, mas isso não significa que todos os profissionais são de qualidade. Busque sempre o histórico do médico: ele tem especialização em cirurgia plástica? Está ligado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica?

Razões para aumentar os seios

Razões médicas para aumento de mama são raras. Existem, sobretudo, razões subjetivas estéticas: mulheres com seios grandes são geralmente consideradas mais atraentes. Portanto, a grande maioria das adeptas da cirurgia buscam estar mais satisfeitas com seus corpos.

O conceito de "seios pequenos" é uma avaliação subjetiva e um médico sério irá ter uma discussão detalhada com a paciente antes da cirurgia. Você precisa ser informada sobre o andamento da operação, as despesas pendentes e potenciais custos de acompanhamento e possíveis riscos.

Seios murchos: pode soar estranho. Mas há mulheres cujos seios após uma gravidez ou após a amamentação ficam menores do que antes, mas com a mesma quantidade de pele. Naturalmente, isso pode ser um fardo psicológico.

Seios caídos: com o avanço da idade, ou com uma grande perda de peso, os seios podem ficar com um aspecto “pendurado”.

Seios assimétricos: ocorre quando uma mama é significativamente maior do que a outra. Também pode mexer com a autoestima, mas se trata de um problema físico. A postura oblíqua pode levar à dor nas costas.

Contrapeso impróprio do tamanho da mama ao tamanho do corpo/peso: quando os seios não são apenas subjetiva, mas também objetivamente muito pequenos e podem ser um fardo psicológico para a mulher em questão.

Falta de tecido mamário: quando o tecido mamário é removido devido ao câncer de mama ou lesão ou a mulher sempre teve muito pouco, pode ser "construída" uma nova mama. Outras sequelas de procedimentos oncológicos também motivam a cirurgia.

Quais são os requisitos?

Às mulheres jovens (que muitas vezes executam algo pré-determinado pela empresa Padrão de Beleza™): uma operação de aumento de mama só é possível quando elas estão totalmente crescidas, ainda se faz necessário avaliar o grau de maturidade da paciente e ter autorização dos pais.

E mesmo assim a operação não pode ser imediata! O médico deve possibilitar discussões esclarecedoras, também é legal escutar ou ler depoimentos de mulheres que já passaram pela cirurgia.

Se razões médicas para a cirurgia de mama estão presentes, ou se trata de uma decisão consciente da mulher após a consulta, uma data para a cirurgia pode ser marcada. Outro prerrequisito para a operação é que todas as contraindicações sejam debatidas.

Qual o custo de uma mamoplastia de aumento no Brasil?

No Brasil, os planos de saúde não costumam cobrir procedimentos estéticos, mas em casos de grandes assimetrias ou deformidades ou reconstrução mamaria por câncer podem arcar com os principais custos. Os preços variam em cada estado e de cirurgião para cirurgião. A consulta é sempre necessária para se ter um orçamento correto que inclui os honorários da equipe cirúrgica, anestesia, hospital e implantes.

Contraindicações

Não menos importante, também precisamos falar das razões físicas que vão de encontro à cirurgia de aumento de mama.

Doenças que podem barrar a ideia de aumentar as mamas (ou, no mínimo, fazer refletir sobre os prós e contras):

  • - Infecções agudas
  • - Má cicatrização de feridas
  • - Distúrbios de coagulação do sangue
  • - Doenças autoimunes
  • - ​Fornecimento de sangue pobre para o tecido mamário

A avaliação precisa ser feita de forma muito individualizada. Sempre devemos refletir sobre os prós e contras de cada cirurgia, especialmente, quando a paciente apresentar doenças associadas. Mas, não se desespere, o cirurgião lembra que nenhuma delas é uma contraindicação absoluta.

Como é a cirurgia para aumentar os seios?

Antes de tudo, deve ser decidido onde o implante será inserido (acima ou abaixo do músculo peitoral), local do corte (axila, mamilo, sob a mama , ...) e qual o tipo de implante mamário a ser utilizado.

Implante sobre o músculo peitoral

Se o implante for sobre o músculo peitoral, os seios ficam com um aspecto mais natural. Nos esportes esse tipo de implante interfere menos na performance, porque os músculos podem participar normalmente sem mover os implantes. Além disso, as mulheres que têm um implante no músculo peitoral, alegam sentir menos dor do que as mulheres com implantes sob o músculo.

Implante sob o músculo

A prótese tende a ficar ligeiramente mais disfarçada quando colocada embaixo do músculo peitoral. O problema é que o músculo do peito deve ser cortado em vários locais durante seu funcionamento para que o implante fique no lugar certo. Isso pode afetar o resultado e até a mobilidade dos braços permanentemente – a principal desvantagem é o pós-operatório mais dolorido.

Como o implante é inserido?

Devem ser previamente discutidos os locais da pele e do tecido de gordura a serem cortados, para que o implante seja inserido. Após a operação, a incisão é suturada.


Existem vários tipos de implantes e cada um vai se adequar melhor a cada biotipo. Os volumes variam bastante e os formatos mais comuns são próteses redondas ou anatômicas. As redondas ainda podem variar seu formato ou perfil (alto, moderado, ultra-alto, etc). Durante a consulta a paciente e o cirurgião devem discutir qual prótese melhor se adéqua ao caso dela, junto com os locais para o corte:

Axila: soa bastante confuso, mas aqui é feito um corte longo de três a seis centímetros que mais tarde não pode ser visto. Mesmo que a mulher levante os braços, a cicatriz, muitas vezes, não é perceptível. Mas o implante tem que ser empurrado por uma distância relativamente longa até o lugar certo. Isso torna a cirurgia mais complicada.

​Areola: uma incisão na aréola só pode ser muito pequena e é, portanto, adequada apenas quando pequenos implantes são inseridos ou implantes que são depois gradualmente preenchidos (implantes salinos). Além disso, deve ser evitada em pacientes que ainda não tiveram filhos, pois poderia atrapalhar a amamentação. No entanto, a cicatriz na aréola, no final, é pouco visível.

​Sulco inframamário: o mais fácil e seguro corte para o aumento de mama está no sulco inframamário. O corte é de três a seis centímetros de comprimento e a cicatriz fica visível quando a mulher deita de costas ou eleva os seios. Além disso, as cicatrizes em alguns casos são grossas e saltadas – o que pode motivar um pós-tratamento.

Normalmente as pacientes retornam à rotina após sete dias e às atividades físicas após 30 dias. Durante esse período pode existir algum grau de dor e/ou desconforto. A cicatrização dos cortes deve ser monitorada durantes vários dias junto ao seu médico. Um conjunto de drenagem, com um tubo fino para drenar fluido da ferida, vai te acompanhar por alguns dias. Além disso, o médico irá verificar o ajuste dos implantes e examinar a região para analisar o inchaço, hematomas, desconforto e descoloração da pele.


Depois de dez a catorze dias, os pontos serão removidos (se não forem suturas absorvíveis). Um sutiã especial suporta os seios durante pelo menos seis semanas para otimizá-lo, amortecer o impacto e evitar complicações. O processo de cicatrização leva cerca de oito semanas após a cirurgia.

O que pode acontecer no processo de recuperação?

A cirurgia de mama geralmente é executado sem maiores problemas ou consequências adversas. Mas a recuperação requer um grau de paciência, especialmente porque o resultado real só pode ser visto ao fim do processo – o que pode levar vários meses.

Durante muito tempo o boato de que os implantes mamários deveriam ser trocados a cada 10 anos reinou. Mas atualmente não existe um período fixo de troca do implante. Eles devem ser trocados quando surgem sinais de contratura capsular (endurecimento das próteses). É diferente se houver problemas e complicações: os implantes mamários podem quebrar e vazar para o tecido ou escorregar. Traumas (um golpe, queda ou acidente, por exemplo) podem danificar o implante. Apesar de tudo, um implante de mama deve sobreviver várias décadas. Implantes danificados devem, naturalmente, ser substituídos. Outro motivo que pode diminuir a vida do seu implante: hemorragia, infecção, ferida no tecido são preocupações a serem levadas em conta, além de causarem doenças que podem afetar adversamente a cura e o resultado.


Não podemos esquecer da rejeição, quando o corpo aceita o implante como um corpo estranho ele responde encapsulando-o com o tecido. Inicialmente esta cápsula é macia e não causa problemas. Mas quando se endurece ou até mesmo encolhe pode causar dor, mover o implante e deformar a mama. Raramente este encapsulamento é tão grave a ponto de exigir que o implante seja substituído porque pode ocorrer uma re-encapsulação após a troca.

Complicações permanentes ou a substituição de um implante para fazer novas intervenções necessárias são frequentemente associadas a grandes custos, principalmente quando o primeiro compromisso não tinha nenhuma razão médica. Para evitar consequências graves, você deve prestar atenção na cor, temperatura, volume ou a forma durante a transformação da sua mama. Deixe qualquer anormalidade ser esclarecida pelo médico!

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Geovana Pereira
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