➲ Alerta de spoiler: vamos falar, em detalhes, do filme e da série Sex and City (2008)
Às vezes, nós aqui do taofeminino nos pegamos pensando naquela fatídica cena do casamento no primeiro filme de Sex and the City: a noiva Carrie Bradshaw, completamente deslumbrante em um vestido Vivienne Westwood e pronta para o "sim", atende a uma ligação. Do outro lado da linha, o noivo, mais conhecido como Mr. Big, diz para ela que não pode se casar. Enquanto isso, as amigas inseparáveis da colunista & nós fãs estávamos lá, na cadeira do cinema assistindo a tudo, com o balde de pipoca no colo, chorando e sofrendo junto com ela, indagando: "Qual é o problema desse cara?"; "E se isso acontecesse comigo?".
Quem acompanha a trama da colunista novaiorquina mais famosa da ficção sabe: depois de anos insistindo no relacionamento ioiô parecia que, finalmente, Carrie e Big estavam prontos para um final feliz. Durante o namoro, Carrie sofria com os altos e baixos do casal, mas sempre encontrava uma maneira de perdoá-lo, se esquecer do passado e de amá-lo um pouco mais a cada volta. Sua devoção por ele sempre foi implacável (não teve Aidan que resolvesse). Tanto quanto a Srta. Bradshaw, nós acreditamos que ele havia mudado quando ele disse: "Carrie, you are the one" (algo como: "Carrie, você é A mulher para mim") no último episódio da série.
Ficamos imaginando o porquê de Carrie ter ignorado tanto os sinais de que deveria ter posto um fim àquele relacionamento depois de tantas mancadas de Big. Por que Carrie sempre insistiu em ficar com um homem que, em muitas ocasiões, não tinha certeza de que era ao lado dela que gostaria de estar? Por que essa relação totalmente instável chegou a esse ponto extremo? Ela não seria mais feliz se abrindo para um novo amor, mais maduro, que não machuca?
Quando é a hora terminar um namoro?
Todas nós já vimos ou vivemos uma situação parecida na vida real. As respostas-padrão da sociedade a qualquer deslize masculino sempre começam com: "Homem é assim mesmo"; ou com: "Eles demoram mais para amadurecer do que as mulheres. Um dia vocês ficarão juntos". Nesse jogo destorcido, cabe às mulheres o papel de tolerar as estripulias e a falta de consideração do parceiro ou parceira. Aí você começa a pensar que é a "doida" que deve ser mais compreensiva e ter ainda mais paciência para suportar essa fase do seu par.
A lógica de que um dia ele vai reconhecer que você é a pessoa certa simplesmente se transforma em uma espera eterna que acaba com você perdoando deslizes que jamais aceitaria antes. Essa capacidade inabalável de oferecer a outra face o tempo todo... Não há um manual de instruções para o amor. A dois, tentamos estabelecer regras e limites. Às vezes, infringimos o "regulamento". Muitas vezes nos perdemos no caminho em vez de dar no pé e pegar a estrada rumo a um relacionamento mais saudável. Acontece. Um dia, muitas mulheres percebem que não precisam se contentar com pouco.
Muitas mulheres se prendem a amores bandidos com uma falsa ilusão de que é um amor incondicional. Mas pera lá: certifique-se de que você se ama incondicionalmente, em primeiro lugar. Assim, ninguém vai ter condição de machucá-la mais de uma vez pelos mesmos motivos.
Você já deve ter ouvido isso, mas muitas vezes nos colocamos em segundo plano. Depois disso, a verdadeira tarefa é ser capaz de decifrar pelo que vale a pena lutar com um exame de consciência que vai responder à temida pergunta: "Será que devo terminar?". Quando você sabe o seu valor, você nunca dá desconto e, melhor ainda, não se sente injustiçada. Não sente que dá mais e recebe menos. Reconhece com clareza se é correspondida ou não.
Se você está passando por uma situação de dúvida sobre os próximos passos da relação, em nossa humilde opinião, deve procurar fazer um raio-X honesto desse rolo/namoro/casamento/etc. Pense e responda para si (ou num papel, quem sabe?) questões como:
- Será que os qualidades dessa pessoa na minha vida superam os defeitos que incomodam? (Faça uma lista de prós e contras do relacionamento. Sério.)
- Existe respeito mútuo?
- Estou bem com o meu relacionamento?
- Me sinto segura física e emocionalmente com essa pessoa?
- Ainda estou apaixonada? Estou feliz?
- Realmente quero um futuro com ele/ela?
- Quero trabalhar em conjunto para vencer os problemas e nos transformarmos em pessoas melhores?
- O relacionamento está melhorando com o tempo?
Se a maioria das respostas não parecer promissora, amiga, e você não vê perspectivas de melhora. Sim, talvez seja a hora de terminar. A ideia não é pular fora ao primeiro sinal de problemas. Quando um desafio aparecer, perceba se vocês estão trabalhando unidos para sair melhores da situação. Muitos casais superam as adversidades e algumas incompatibilidades (alô, vovós e vovôs, mamães e papais fofos com décadas de casamento) simplesmente porque uma vida livre desses pequenos e grandes pepinos do dia a dia não existe.
Devemos ter certeza que, no meio do caminho, haja diálogo, respeito, carinho, consideração... Já que criamos nossas próprias leis para o namoro funcionar, vamos lacrar nossas regras para tentar conseguir um final mais feliz.
Reflita com Carrie Bradshaw
P.S.: Pena que Carrie não quis o Aidan.
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