Todos os dias, perdemos cerca de 100 fios de cabelo - parece muito, mas a estimativa é considerada absolutamente normal pelos dermatologistas. O problema é quando esse número é ultrapassado com frequência: aí, sim, é preciso suspeitar que há algo de errado e buscar ajuda médica. Se esse é o seu caso, saiba que não está sozinha. A queda de cabelo é um dos principais motivos que levam as mulheres ao consultório. E as causas por trás dessa perda são diversas, desde alterações hormonais até o jeito como você prende as madeixas. Abaixo, selecionamos seis delas. Se identifica com alguma? Não deixe de avaliar todas as possibilidades junto ao especialista de sua confiança.
1. Stress
A tensão prolongada aumenta o nível de cortisol no sangue – hormônio que, quando desregulado, enfraquece o folículo piloso e faz com que o fio nasça fraco ou sequer nasça, já que a taxa de proliferação das células na raiz do cabelo é reduzida. “Em casos como esse, terapias de relaxamento e uso de ansiolíticos podem ser prescritos pelo médico”, afirma Ana Carolina Mansur, dermatologista da clínica Daia Venturieri (SP).
2. Dietas restritivas
A deficiência de proteínas, vitaminas e minerais essenciais para o crescimento dos fios, como ferro e zinco, é outro fator que pode levar à queda de cabelo. “A maior fonte de produção dos cabelos são as proteínas. Na falta delas, o organismo utiliza esses nutrientes apenas para sobrevivência”, explica Valéria Marcondes, dermatologista da clínica homônima (SP). Vale reavaliar a dieta e fazer reposição das substâncias - seja pela alimentação ou pelo consumo de cápsulas recomendadas por especialistas.
3. Pós-parto
Durante a gravidez, a atividade dos hormônios femininos (estrógeno e progesterona) é potencializada – o que explica as madeixas encorpadas e cheias de brilho – enquanto os masculinos saem de cena. Após o parto, tudo volta ao normal e é comum notar que os fios estão caindo mais do que nunca. “Eles saem da fase de crescimento (anágena), que beneficia o cabelo na gestação, e entram na fase de desprendimento (telógena), quando estão prontos para cair”, completa Ana Carolina Mansur. Mas não se preocupe: se a queda não estiver associada a outros problemas, como deficiência de nutrientes, ela tende a cessar espontaneamente três ou quatro meses após o nascimento do bebê.
4. Penteados apertados
Rabos de cavalo, tranças e coques muito justos podem resultar na alopecia por tração, que nada mais é do que a perda de cabelo causada pela tensão repetida ou prolongada nos fios. Essa agressão compromete a haste capilar e pode levar até mesmo à calvície, sabia? Evite o problema com penteados soltinhos e frouxos para não pressionar a região. Leia mais em Prender o cabelo: você está fazendo isso certo?
5. Alopecia areata
Trata-se de uma doença autoimune e inflamatória em que os fios começam a cair inesperadamente, resultando em falhas circulares no couro cabeludo. “A extensão da perda varia: em alguns casos, poucas regiões são afetadas. Em outros, o prejuízo é maior”, avalia Valéria Marcondes, que relata que fatores emocionais, traumas físicos e infecções costumam desencadear ou agravar o quadro. No entanto, o cabelo pode, sim, voltar a crescer, uma vez que a doença não destrói os folículos pilosos, e sim os mantêm inativos pela inflamação. “O tratamento pode ser feito com medicamentos tópicos à base de minoxidil, corticoides e antralina (podendo ser associados à métodos mais agressivos, como difenciprona ou metotrexate) ou com injeção de corticoides”, diz a dermatologista. Procure seu médico e, juntos, escolham a melhor opção.
6. Procedimentos químicos
Alisamentos, descolorações, escovas progressivas e similares são extremamente agressivos aos fios e ao couro cabeludo. “Eles geram um processo inflamatório no folículo capilar, resultando no enfraquecimento e na queda de cabelo”, alerta Ana Carolina Mansur. Se abrir mão desses procedimentos não é uma opção pra você, o jeito é aumentar os intervalos entre um e outro e manter cuidados para garantir cabelos fortes e saudáveis – assim, os danos serão menores. Rituais de hidratação, nutrição e reconstrução são mais do que bem-vindos: converse com seu cabeleireiro para montar uma rotina. Também vale consultar nosso cronograma capilar.
Ainda não acabou!
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