Sair da casa dos pais é um passo importante rumo à independência – e pode ser o pontapé inicial para uma “vida de gente grande” mais satisfatória. Mas esse não é o tipo de decisão que se toma de um dia para o outro: morar sozinha requer planejamento e responsabilidade. Não, nem tudo são flores. E muitas pessoas não estão preparadas para lidar com os mais diversos imprevistos e perrengues que surgem durante o percurso. Para evitar atitudes precipitadas e não entrar em uma cilada, listamos as principais perguntas que deve fazer a si mesma antes de bater o martelo:
O que me motiva a morar sozinha?
Para que a mudança faça sentido, é crucial que suas razões para sair de casa sejam concretas e associadas a um projeto de vida. Se você está pensando em fazer isso só porque brigou com seus familiares ou quer fugir de uma determinada situação, pense duas vezes antes de agir. “Decisões impulsivas aumentam as probabilidades de desistência quando as dificuldades aparecem”, avisa Raquel Staerke, psicóloga e professora do Centro Universitário Celso Lisboa (RJ). Aí, é frustração e estresse na certa...
Sou organizada e tenho disciplina?
Ambos os quesitos são fundamentais para quem deseja morar sozinha. “Os deveres aumentam e é preciso se preocupar desde o pagamento das contas até a ida ao mercado”, endossa Julia Bittencourt (@bemestarcompsicologia), psicóloga (RJ). E não, a louça que está na pia não irá desaparecer num passe de mágica se você não a lavar (a menos que terceirize o serviço, né?). Criar um cronograma de tarefas pode ajudá-la bastante a administrar os afazeres e manter a ordem.
Sei administrar bem a grana?
É claro que esse assunto também exige disciplina e organização, mas merece um tópico especial, afinal, o dinheiro é a “base da pirâmide” – sem ele, não é possível dar sequência ao projeto. Por isso, é preciso ter o orçamento sempre sob controle, na ponta do lápis. “O ideal é fazer uma planilha de ganhos e gastos. Nela, inclua as despesas necessárias, caso do aluguel e da alimentação, por exemplo, e as secundárias, como serviços de limpeza e lazer. Quando as contas estão desequilibradas, há a possibilidade de abdicar dos itens mais supérfluos”, orienta Julia Bittencourt.
Como lido com a solidão?
“A condição de morar sozinha pode, a primeiro momento, suscitar uma fantasia de liberdade. Mas, em alguns casos, quando a realidade se apresenta, surge o medo imaturo de estar só”, desmistifica Raquel Staerke. Sim, é preciso estar preparada psicologicamente para chegar em casa e saber que nem sempre haverá alguém para conversar, compartilhar as experiências do dia... O grande desafio é aprender a curtir a própria companhia, que também pode ser maravilhosa, oras! Enquanto atravessa essa fase, envolva-se em projetos para criar novos vínculos e, claro, mantenha as pessoas queridas por perto. As redes sociais também colaboram bastante para tal.
Resolvo os problemas numa boa?
É claro que você não precisa ser phD na resolução de chabus, mas, no mínimo, tem que saber se virar nos 30 quando algum perrengue der as caras. “Imprevistos acontecem, mas, quanto mais preparada estiver para lidar com eles, menos desgastante será sua rotina”, reforça Julia Bittencourt. Ter uma boa relação com os vizinhos e funcionários do condomínio é sempre uma boa ideia: além de, claro, criar novas amizades, como já aconselhamos, eles podem ajudá-la em casos de emergência (alô, cano estourado no banheiro!). Tente levar tudo numa boa e, quem sabe, com o tempo, o título de phD que mencionamos apareça embaixo da sua porta! :P
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