A atriz Lily Collins é a estrela do filme To The Bone, que estreou no começo deste ano no Sundance Festival e foi comprado pela Netflix por nada menos do que oito milhões de dólares. O longa conta a história de Ellen, uma jovem artista relutantemente passando pelas dificuldades do tratamento para sua anorexia grave.
O que talvez nem todos saibam é que a atriz, assim como sua personagem, também já lutou contra a anorexia, e conta mais detalhes sobre essa época de sua vida em seu livro Unfiltered: No Shame, No Regrets, Just Me. Ao site Refinery29, ela falou acerca de como foi difícil entrar no projeto já tendo passado por isso. “Quando eu recebi o roteiro, (…), esse medo foi colocado bem na minha frente, e fazer o filme significava que eu teria que enfrentá-lo de frente. No início, foi definitivamente um processo assustador”, explicou ela. “Foi algo que eu pensei ser arriscado, porque há uma linha tênue entre enfrentar algo de frente e suceder ou ter uma recaída. Mas eu sabia que, desta vez, eu seria a responsável por isso. Eu estaria [perdendo peso] sob a supervisão de um nutricionista e rodeada de mulheres incríveis no set de gravações. Então, eu sabia que estaria em um ambiente seguro para explorar isso”.
Ao ser perguntada sobre a cena que foi mais marcante para ela, Lily disse: “A cena no banheiro, quando eu tenho que tirar minhas roupas e subir na balança, e minha madrasta tira uma foto de mim. Quando fizemos a cena, eu não presumi que ela realmente usaria a câmera em seu iPhone e tiraria uma foto de mim no momento. Ela virou a câmera, me mostrou e disse: ‘É assim que você está. Você acha que isso é bonito?'. Eu não esperava que houvesse uma foto de mim no telefone dela, e o que eu vi na câmera foi realmente chocante para mim”.
"É muito raro, quando você tem uma desordem, que consiga ver o que as outras pessoas veem. Você tem uma visão distorcida de si mesmo e fica tão submerso nisso que não consegue se enxergar do mesmo jeito que os outros, e eu fiquei chocada por ela me mostrar. Eu estava vivendo, naquele momento, a questão de ‘você acha que isso é bonito?’. Tipo, ‘você consegue se enxergar?’. Eu enxerguei, e foi tão perturbador. Foi um momento que eu acho que realmente ressoou muito, não apenas como Ellen, mas como eu mesma, porque eu realmente estava me vendo. Foi um momento poderoso de verdade, que me chocou”.
A diretora do longa, Marti Noxon, também sofreu do distúrbio alimentar quando mais nova, e, quando questionada sobre o que podemos fazer ao perceber que um ente querido sobre do problema, ela respondeu: “Tantas pessoas têm um relacionamento complicado com a comida. Especialmente mulheres. É quase como se estivéssemos todos em um espectro com a obsessão diária sobre se o peso que você tem está bom o suficiente. Quando você começa a ver alguém realmente cair na obsessão e auto-destruição, a primeira coisa a fazer é descobrir quais são os recursos para ajudá-lo. É um pouco como lidar com uma pessoa que está sofrendo de qualquer vício, ela precisa querer obter ajuda. Você realmente não pode forçá-la. Você pode dizer a ela 'Só você sabe o que está acontecendo dentro de sua cabeça, mas você parece realmente infeliz e eu estou preocupado. Aqui estão alguns recursos, e, se você quiser falar sobre isso, eu estou realmente disponível’”.
Para ler a entrevista completa com Lily e Marti, em inglês, basta acessar o Refinery29.
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