A modelo britânica Charli Howard nunca teve medo de compartilhar imagens do próprio corpo em suas redes sociais – muito menos do que as pessoas poderiam pensar sobre ele. Além de sempre postar fotos de si mesma para incentivar e enaltecer a beleza real das mulheres, ela é também uma verdadeira ativista contra o body-shaming (ato de humilhar e fazer com que os outros tenham vergonha de seus corpos).
A mais nova atitude de Charli foi sutil, mas acabou gerando mais repercussão do que ela esperava. Na última semana, ela postou em sua conta do Instagram uma foto inspiradora, em preto e branco. Ao exibir suas coxas e bumbum, a modelo provou que, assim como a maioria das mulheres, ela também tem celulite - e isso não deve ser tratado como um problema.
Na legenda da imagem, que já conta com mais de 9700 curtidas, ela escreve: “Eles dizem para, todos os dias, fazermos algo que nos assuste. Então, repostar essa foto é minha atitude do dia. Mesmo caminhando todos os dias, fazendo agachamento, saindo para correr e praticando exercícios físicos, eu ainda tenho celulite”.
A modelo continua o post contando que, quando era mais nova, sentia inveja de suas colegas de internato “cujos corpos pareciam, para mim, nada menos do que perfeitos”, e que nunca conseguiu encontrar garotas parecidas com ela estampando as páginas das revistas que lia: “Sempre que eu abria uma revista, via as modelos e celebridades sem nenhuma celulite – e, se elas mostrassem suas marcas, eram humilhadas pelos tabloides da época”.
Por não se sentir representada pela mídia, Charli relata que se enxergava como diferente das outras pessoas. "Eu achava que a minha celulite era motivo de vergonha, que era algo estranho. Isso só mudou quando fiquei mais velha, comecei a reparar nos corpos das outras mulheres e perceber o quanto isso é natural. Não há nada para se envergonhar".
Essa não foi a primeira vez que ouvimos falar de Charli. Em 2015, após ser considerada muito gorda pela agência de modelos onde trabalhava, ela escreveu uma carta aberta, denunciando tudo o que havia passado. "Eu me recuso a me sentir envergonhada e chateada diariamente por não atender aos seus padrões de beleza, ridículos e inatingíveis...quanto mais vocês nos forçarem a perder peso e obrigarem que sejamos pequenas, mais designers terão que fazer roupas que se adaptem aos nossos tamanhos, e mais meninas jovens ficarão doentes".
"Se vocês ainda não perceberam, eu sou uma mulher. Eu sou humana. Eu não posso, miraculosamente, raspar meus ossos do quadril para caber em uma amostra de roupa e obedecer aos 'padrões da agência'. Eu lutei contra a natureza por muito tempo, porque vocês julgavam que minhas formas eram muito 'curvilíneas' mas, recentemente, eu comecei a amá-las".
Charli, junto com a amiga e parceira de profissão Clementine Desseauxe, deu início ao All Woman Project, uma fundação que visa ajudar meninas e mulheres a se sentirem confortáveis em sua própria pele. Além de exibir imagens corporais positivas e não retocadas de mulheres em campanhas de foto e vídeo, o grupo também organiza eventos e oficinas para estudantes, a fim de lhes fornecer modelos positivos e toda autoestima necessária para que elas se tornem confiantes em si mesmas.
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